terça-feira, 4 de agosto de 2015

Para um melhor entendimento

Percurso da Coluna Prestes


"A fusão das duas colunas militares ,organizada por Luiz Carlos Prestes, deu origem à marcha que, entre 1925 e 1927, percorreu 25 mil km pelo país, combatendo tropas federais e tropas dos coronéis. Esse grupo ficou conhecido pelo nome de Coluna Prestes e Chegou a contar com aproximadamente 1.500 homens, entre militares e civis, criticando duramente o autoritarismo e a ausência de políticas sociais do governo de Artur Bernardes. No entanto,  a coluna foi desmobilizada em 1926, e seus lideres se refugiaram na Bolívia. "

Texto Retirado do livro "Jornadas.hist"
Livro da editora Saraiva com 4 volumes.

Resumo do Assunto

Jornal da Época


A Coluna Prestes foi um movimento político, liderado por militares, contrário ao governo da República Velha e às elites agrárias. Este movimento ocorreu entre os anos de 1925 e 1927. Teve este nome, pois um dos líderes do movimento foi o capitão Luís Carlos Prestes. Percorreram cerca de 2.500 KM com 1.500 homens combatendo tropas federais e tropas dos coronéis.


Conhecendo Luíz Carlos Prestes

             Foto de Luíz Carlos Prestes, tirada durante a sua visita à Alemanha, em dezembro de 1959

   Nascido em Porto Alegre no dia 03/01/1898, Luíz Carlos entrou para o Exército para estudar engenharia. Era Chefe do Batalhão Ferroviário. 
  No Rio de Janeiro no ano de 1922 não acreditou que as "cartas falsas" de Arthur Bernardes eram realmente falsas. A 29 de outubro de 1924 foi nomeado coronel revolucionário pelo general revolucionário João Francisco. Comandou a coluna do Rio Grande do Sul que saiu do Rio Grande e se juntou, nove meses depois, à 3ª Brigada da Força Pública Paulista que era da Divisão São Paulo.
Luiz Carlos Prestes, cadete da Escola Militar Superior (1919).


  Foi o Chefe do Estado Maior da Primeira Divisão Revolucionária, a marcha de 25 mil km que incursionou pelo Brasil.Em 1926 foi indicado por seus companheiros de revolução para ser o novo general que catalizaria a Revolução de 1930. Aceitou o comando e depois declarou-se comunista. Fato que o deixou sem apoio nenhum de seus antigos companheiros de marcha e de ideais.
  Era o melhor aluno de engenharia e cálculos matemáticos e um dos piores alunos na matéria da arte da guerra. Sua nota de engenharia e cálculos era 10, as notas da arte da guerra era 5,5.
  No ano de 1931 foi para a URSS. Retornou em 1935 a fim de derrubar Getúlio Vargas e instituir o sistema comunista no Brasil. Foi derrotado e preso por nove anos. No ano de 1945 foi candidato ao senado e foi eleito o mais votado. Após isso passou mais tempo exilado na URSS do que no Brasil.
  A Primeira Divisão Revolucionária tem o seu nome (Coluna Prestes) em homenagem ao Exército Brasileiro, pois o comandante dessa Divisão Revolucionária, que era Miguel Costa, pertencia ao quadro da Força Pública Paulista.

Alguns Monumentos Sobre a Coluna

Memorial Coluna Prestes

Memorial Coluna Prestes


Construído para homenagear o movimento tenentista de 1922 e a marcha realizada pela Coluna Prestes, o memorial foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer numa área de 570.40m². O local abriga um salão de exposições com peças originais da história da Coluna, além de auditório para 87 lugares e salas de administração.
                                   


Monumento de Santo Antonio

É uma obra estruturada em concreto armado, com 15 metros de altura, que foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer em 1996, sendo que ao seu lado encontra-se uma placa de bronze afixada a um pilar de concreto com a inscrição referente à Marcha

Coluna Prestes

O que foi:


A Coluna Prestes foi um movimento político, liderado por militares, contrário ao governo da República Velha e às elites agrárias. Este movimento ocorreu entre os anos de 1925 e 1927. Teve este nome, pois um dos líderes do movimento foi o capitão Luís Carlos Prestes. 

Causas:

A principal causa foi a insatisfação de parte dos militares (tenentismo) com a forma que o Brasil era governado na década de 1920: falta de democracia, fraudes eleitorais, concentração de poder político nas mãos da elite agrária, exploração das camadas mais pobres pelos coronéis (líderes políticos locais).

Objetivos:

- Percorrer grande parte do território brasileiro (principalmente interior), incentivando a população a se rebelar contra o governo e as elites agrárias. O objetivo era derrubar o governo do presidente Arthur Bernardes;

- Implantar o voto secreto e o ensino fundamental obrigatório no Brasil;

- Acabar com a miséria e a injustiça social no Brasil.

Como foi:

Os integrantes da Coluna Prestes percorreram cerca de 25 mil quilômetros pelo interior do território brasileiro. O núcleo fixo tinha cerca de 200 homens, porém em vários momentos da caminhada o movimento chegou a contar com cerca de 1400 pessoas (militares e simpatizantes do movimento).

Os integrantes da Coluna Prestes passam e paravam nas cidades. Conversavam com as pessoas e faziam a propaganda contra o governo federal, mostrando as injustiças sociais da época e defendendo reformas políticas e sociais.

O movimento teve inicio na cidade de Alegrete (sul do Rio Grande do Sul) e após dois anos e meio e percorrer 11 estados, terminou dividido. Um grupo foi para a Bolívia, enquanto outro para o Paraguai.
O líder Luís Carlos Prestes com membros da Coluna Prestes.


Consequências:

Embora não tenha conseguido derrubar o governo, a Coluna Prestes foi um movimento que enfraqueceu politicamente a República Velha, abrindo caminho para a Revolução de 1930 que levou Getúlio Vargas ao poder.

Curiosidades:

- Com o término do Movimento, Luís Carlos Prestes foi estudar marxismo na Bolívia em 1928. Foi morar na União Soviética em 1931. Retornou ao Brasil, de forma clandestina, em dezembro de 1934.

- Com o movimento, Luís Carlos Prestes ganhou o apelido de “Cavaleiro da Esperança”.

- Outro líder importante do movimento foi o militar e revolucionário brasileiro Miguel Costa.


 Fonte: Sua Pesquisa

Sobre "O Tenentismo"

Cartaz comemorativo da Coluna Prestes


O movimento tenentista reflete ao mesmo tempo a crise da República Velha e seus tradicionais métodos de manipulação do poder, como também as peculiaridades da instituição militar, melhor definida politicamente desde o governo Floriano Peixoto.
Desde o final do século XIX pode-se perceber um movimento no interior do exército promovido pelos militares "florianistas", que consideravam o exército como o verdadeiro responsável pela implantação da República no país. Essa tendência reforçou o sentimento de corpo dos militares que, a partir do governo de Prudente de Morais, passaram a ocupar um lugar secundário na política nacional. Sem poder político efetivo, porém organizados dentro de uma instituição centralizada, parte dos militares enxergava a república se corromper pelos políticos civis, que haviam se apropriado do poder.
Apesar desse sentimento de corpo e a uma certa oposição a política desenvolvida pelos coronéis, não foi o exército como um todo que participou das rebeliões que ocorreram na década de 20. O movimento armado foi organizado principalmente pelos tenentes e contou com a simpatia e a aprticipação de elementos da baixa oficialidade (sargentos, cabos e soldados) enquanto que a cúpula militar se manteve fiel a "ordem".
De uma forma geral considera-se o movimento tenentista como elitizado, na medida em que considera que apenas o exército é capaz de eliminar os vícios da República e dotar o país de uma estrutura política e administrativa moderna. Apesar de terem um padrão de vida igual ao da classe média e em parte refletir o mesmo descontentamento frente ao poder, os tenentes não podem ser considerados como representantes desta camada, primeiro por não pretender organiza-la, segundo por que possuíam um "espírito de corpo", com características bem peculiares, reforçando os interesse intrínsecos desse grupo social


Sugestão de filme

O Velho: A história de Luiz Carlos prestes



                                                                                                                                                                                                                         

"O Velho - A história de Luiz Carlos Prestes" é um documentário de 1997, dirigido por Toni Venturi, que conta a história de Luís Carlos Prestes , figura marcante do período republicano brasileiro, que esteve presente no ambiente político nacional, desde a década de 1920 até o fim da sua vida em 1990, um ano depois de subir em palanques apoiando o movimento das Diretas Já. O documentário é narrado pelo ator Paulo José.


Vídeos remetentes à Coluna Prestes

Para melhor aprendizado dos leitores o blog "Coluna Prestes Br" resolveu indicar alguns vídeos que explicarão um pouco mais sobre toda a história da "Coluna Prestes".


VídeoColuna Prestes



Vídeo: História do Brasil - Coluna Prestes